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21 janeiro 2006

Proselitismo tecnológico

Tenho acompanhado de longe as discussões de vários movimentos sobre software livre no país. O que deveria ser algo aberto, amplo e democrático, tem se mostrado mais radical, limitado e proselitista do que recomenda o bom senso. Muitas das discussões têm girado em torno do que faz ou deixa da fazer a Microsoft, a representante maior (para os radicais do SL) do mal e do que há de pior no mundo corporativo. Ora, venhamos e convenhamos, a Microsoft não é um exemplo de puritanismo ou de como devemos fazer negócios, mas não podemos negar sua contribuição para o mundo da tecnologia. Em 1976 dois jovens tiveram um sonho: colocar um computador em cada residência. Lançaram a Microsoft um ano depois e o resto é história. E esse deveria ser o mote dos movimentos de sofware livre, 30 anos depois. Como colocar SL/CA em cada uma das residências do mundo e não ficar perdendo tempo com Microsoft. Incentivar o empreendedorismo, ajudar a viabilizar modelo de negócios lucrativos (ALLÔÔÔÔ!!! Sem modelo de negócios lucrativos as coisas não passarão de boa vontade. Ninguém com inteligência e bom senso irá investir em SL/CA) e atendimento às necessidades dos clientes/usuários. Visitei a OSCON 2005 e falei com vários ícones do open source, desde Bruce Perens até Brian Behlendorf e o ponto comum entre eles é o seguinte, software livre é um movimento inerente, quer que façamos parte dele ou não. Portanto, o melhor a fazer, é focar na direção correta e não ficar olhando para trás, afinal a Microsoft é passado, não é mesmo?